A nossa história
A Casa do Salgueiral está na família desde meados do século XIX. Por essa altura, José Taveira de Carvalho Pinto de Meneses (1844-1908), bisavô materno do atual proprietário, adquiriu-a a um professor local.
A casa era muito pequena, mas servia-lhe para curtas estadias, nomeadamente, para se instalar quando partia para caçadas com um grande amigo, proprietário da Quinta de Santa Comba, vizinha do Salgueiral.
Em finais do século XIX, Francisco de Melo e Faro da Cunha Coutinho (1879-1939), então dono da Quinta de Santa Comba, casa com Maria de Meneses Taveira (1876-1953), filha do proprietário da Casa do Salgueiral. A quinta foi o seu dote e o jovem casal passou, assim, a administrar duas casas, duas quintas, como se de uma só se tratasse.
O casal realizou várias obras na Casa do Salgueiral, onde Maria de Meneses passou a viver depois da morte do marido. Com ela esteve quase sempre uma sobrinha, Maria Angélica Sarmento de Queiroz Taveira (1916-2016), que, curiosamente, viria a casar com um sobrinho de Francisco da Cunha Coutinho.
No início dos anos 50, Maria Angélica herdou a quinta. Ela e o marido, Carlos Maria da Cunha Coutinho Leite Pereira (1903-1968), pais do atual proprietário, cuidaram da casa, sem necessidade de grandes obras. Ocuparam-se, essencialmente, da renovação das vinhas e do olival, usufruindo deste espaço sobretudo nas férias escolares.
Ao herdar a casa em 2016, José Taveira Leite Pereira, e a mulher, Helena Mendonça, decidiram mantê-la, adaptando-a para turismo.
Durante muitos anos, a casa produziu o seu próprio vinho. Na garrafeira do Salgueiral repousam garrafas de Porto produzidas por José Taveira de Carvalho, algumas com o seu rótulo e a data de 1849. O pai do atual proprietário continuou a produzir e a vender o vinho a negociantes e exportadores. Paralelamente, engarrafou para uso da família algum vinho fino, de que ainda restam garrafas dos anos 50 e 60 do século passado. Com a sua morte, a produção foi entregue às Caves de Santa Marta, uma cooperativa que mantém uma excelente reputação no mercado interno e externo. Hoje, a situação mantém-se: nos quase sete hectares de vinha, com excelentes castas, produzem-se uvas que são entregues nas Caves, umas para a produção de vinho de consumo e outras para vinho generoso – o chamado Porto. Existe também um pequeno olival que permite produzir um azeite de qualidade.